Este consultório oferece atendimento psicanalítico com a missão de acolher quem deseja ser escutado no seu sofrimento a fim de desenvolver um modo de lidar com o mal estar, e resolver gradualmente a questão considerada um problema.
Sessão a sessão, o processo psicanalítico possibilita que o paciente elabore a própria condição, à medida que passa a construir gradualmente um saber sobre o que está implicado na questão da qual se queixa.
Atendimento psicológico clínico profissional, individual, para adultos, na abordagem psicanalítica.
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Telefone para marcar a primeira sessão: 11 94323-1001.
Na primeira sessão conversamos sobre:
A questão que o levou a procurar por um atendimento profissional;
Como funciona o tratamento.
Funcionamento do consultório:
Atendimentos de Segunda à Sexta, inclusive fora do horário comercial.
A análise é um processo que consiste em sessões semanais que realizar-se-ão em data e hora a serem combinados (por exemplo: toda Quinta às 13h:00). A frequência é importante para o efeito do tratamento advir.
Detalhes necessários ao funcionamento como: horário semanal, e valor - serão combinados durante a primeira sessão.
Sobre o tratamento:
Há questões emocionais que incomodam, e que se repetem. A configuração dessas questões é muito singular: tem a ver com a história de cada um. Cada pessoa sente de maneira muito particular aquilo que mais a acomete. Por isso, falar sobre o sofrimento é fundamental. Mais adiante entenderemos o que a fala tem a ver com o tratamento.
A análise é um processo que possibilita decifrar questões que encontram-se cifradas, e vêm à consciência na forma de mal estar: Seja físico, através daquilo que se convencionou chamar de fenômenos psicossomáticos; Seja psíquico, quando o sofrimento manifesta-se através dos pensamentos; E até mesmo quando há dificuldade de lidar com os próprios atos que são contrários àquilo que a pessoa espera de si.
A análise é um processo porque aquilo que levou uma vida para se constituir como um sofrimento não é imediatamente transformado, mas é por meio da construção de uma história falada que é possível dizer mais do que se pretendia, e através disso: escutar o que há encoberto no sofrimento, desvelar, e resolver.
Na análise falamos sobre o mal estar: aquilo que inicialmente é descrito como uma condição a qual a pessoa encontra-se destinada, e que através das descobertas que a análise promove, a própria pessoa percebe que a dificuldade tratava-se da manifestação de conflitos inconscientes, e da reatualização de situações passadas e afastadas da consciência, porém, não totalmente esquecidas.
O mal estar pode se manifestar como: luto, situações de crise que se repetem, perplexidade decorrente de ocorrências traumáticas, sentimentos e sensações físicas desagradáveis (pânico, depressão, timidez, angústia, fobias, compulsões, estresse, agressividade, ciúmes, procrastinação), adoecimento corporal (impotência sexual, transtornos alimentares, abuso de drogas), problemas amorosos, familiares, financeiros, no trabalho, repetição de padrões problemáticos nos relacionamentos...
O mal estar é a manifestação de um conflito que funciona enquanto mantém inconsciente um significado desagradável, através de mecanismos de defesa psíquicos. Repressão e negação de conteúdos são mecanismos comuns, mas que requerem um dispêndio de energia para manterem-se atuantes. Faz-se necessário o reconhecimento de uma parte de nós que funciona à revelia: o inconsciente.
As pessoas invariavelmente iniciam a análise se queixando da vida ou dos outros. Chegam como vítimas: dos acontecimentos ou das ações de outras pessoas - de algo alheio, que sentem que não podem fazer nada para controlar, mas querem mudar. Com a análise o paciente percebe a sua participação naquilo que o faz sofrer, e também no que o faz melhorar. Para que a pessoa viva de uma maneira considerada melhor por ela mesma, precisa saber como participa inconscientemente do que se queixa. Muitos pacientes se surpreendem com essa descoberta, que gera resoluções e melhorias em todas as dimensões da sua existência.
Para que isso aconteça, é desejável que durante a sessão o paciente fale o mais livremente possível, sobre tudo o que vier à mente, sem selecionar o conteúdo, mesmo que algo pareça não ter nada a ver com o assunto que está sendo tratado, ou com a questão que levou a pessoa a procurar analisar-se. A "associação livre", é um método descoberto por Freud (Fundador da Psicanálise - leia mais abaixo), no início do Séc. XIX: essa regra fundamental da Psicanálise é utilizada até hoje pois possibilita o acesso aos conteúdos inconscientes, e a consequente elaboração destes conteúdos.
A Psicanálise é mundialmente reconhecida e cada vez mais pesquisada. Não há tecnologia mais avançada do que a fala humana. Já se deu conta disso?
Sobre a Psicanálise:
Clínica psicanalítica como subversão do cógito cartesiano: "Penso, logo existo.".
Sigmund Freud (1856 - 1939), médico neurologista de origem judaica, nascido na República Tcheca, num território que hoje chama-se Príbor, viveu a maior parte de sua vida em Viena, e exilou-se em Londres, onde permaneceu até o fim da vida. Em meados do Século XVIII, foi trabalhar com o psiquiatra Charcot no Hospital Salpêtrière, em Paris. Interessou-se particularmente pelo tratamento das paralisias que não tinham uma razão fisiológica. Ao descobrir que há algo no humano que independe da razão, e está para além da fisiologia, Freud deparou-se com aquilo que mais tarde nomeou como 'inconsciente', e intrigou-se a ponto de criar, através de muitas pesquisas empíricas, e do seu conhecimento acerca da neurologia, a Psicanálise.
Como o inconsciente se manifesta?
Lembremos de situações cotidianas nas quais agimos de modo contrário ao que esperamos: Querendo falar uma coisa, dizemos outra; Ao sair, percebemos que esquecemos as chaves; Alguém se propõe a fazer dieta, mas percebe-se comendo ainda mais; Um homem, ao ter se comprometido em matrimônio, sente-se muito mais atraído por quase todas as pessoas que encontra...
O que aconteceu nestas situações?
Somos seres racionais, sujeitos da razão, só que além disso: somos sujeitos do inconsciente. Razão e inconsciente não são opostos: funcionam paralelamente. Somos divididos subjetivamente. Situações que nos escapam a razão, falham em relação à comunicação, ou falham em relação ao seu objetivo, certamente têm uma lógica inconsciente.
É disso que cuidamos na clínica psicanalítica: nos ocupamos de descobrir a lógica inconsciente que corresponde ao desejo, mas nem sempre à vontade própria.
Mas o que é clínica psicanalítica?
No livro "O nascimento da clínica", Michel Foucault (1926-1984), filósofo francês, escreveu acerca da diferença entre a clínica clássica e a clínica psicanalítica.
Foucault estudou a modificação da clínica clássica: do Séc. XVIII, contexto em que o médico era aquele que olhava, até a clínica psicanalítica, Séc. XIX, quando o médico passou a ser também aquele que escuta, criando uma aliança entre o ver e o dizer como fonte da clareza e do desvelamento das afecções psíquicas.
Esta mudança de paradigma faz do paciente um sujeito ativo no seu tratamento, pois desloca o saber sobre a terapêutica: de quem trata para quem é tratado.
Podemos localizar essa mudança de paradigma no livro: "A interpretação dos sonhos", de Freud.
Freud discorre sobre como os sonhos eram analisados antigamente, sem necessariamente tratar-se de uma análise científica. Naquele contexto, sonhos poderiam significar "premonições". Ainda hoje encontramos catálogos com os elementos de sonhos em forma de verbete, ao lado do que supostamente significam.
Com o novo paradigma tudo se modifica: o sonho pode ser analisado cientificamente, pois o que se considera hoje, é o significado que cada elemento do sonho tem para o próprio sonhador, mais precisamente o texto do sonho, a maneira que ele é contado pelo paciente.
Os diagnósticos médicos, por exemplo, fazem parte da clínica clássica, já que são conservados em latim, pois latim é uma língua morta, e com isso não há dimensão subjetiva no significado da doença psicossomática para quem está doente: uma língua morta mantém o estado entre o significante (palavra) e o significado. Consequentemente não há uma escuta possível do que uma doença pode significar para quem está doente, portanto não há espaço para a interpretação das doenças psicossomáticas (por exemplo: gastrite por causa emocional, e não bacteriana, ou por lesão anatômica), há no máximo um diagnóstico e uma terapêutica medicamentosa.
Para que uma prática seja considerada clínica, de um ponto de vista clássico, ela tem que atender a quatro elementos:
-Semiologia: campo semântico pertencente a um sistema de conhecimento, por exemplo, o campo semântico da psicanálise inclui conceitos como: inconsciente, repressão, negação...
-Diagnóstica: reconhecimento acerca das características de um quadro clínico;
-Terapêutica: na psicanálise, por exemplo, a direção de um tratamento e não de um sujeito;
-Etiologia: o estudo das causas.
Por exemplo, a astrologia não é uma prática clínica, pois não há nela uma terapêutica.
A psicanálise abre espaço para uma nova interpretação: um mesmo significante (gastrite) pode ter um significado que pode ser desvelado escutando o que o paciente tem a dizer sobre isso, e pode ter outro significado para outro paciente. Não dá para generalizar que todas as gastrites são bacterianas, e tão pouco que todas as gastrites "nervosas" são causadas por estresse: é preciso ver o significado que este fenômeno tem para cada sujeito. O que muda neste paradigma é que temos um referente, um sujeito que pode falar sobre o que está sentindo.
Na psicanálise o sujeito é quem dá o significado a partir do seu discurso. Este significado é singular, e paradoxalmente, muda ao longo da análise: a representação, ou seja, o significado atribuído a uma determinada experiência, muda a medida que o paciente conta o acontecido.
A clínica psicanalítica cuida do significado particular que existe num diagnóstico universal: cada um sente, pensa e representa de um modo muito singular, pois cada pessoa tem uma filiação, e a vive de um modo único. Muitas vezes observamos pessoas que são filhas do mesmo pai e mãe, e ainda assim, tem por eles uma noção completamente diferente de filiação. A subjetividade tem um peso muito importante na constituição da personalidade e no modo com que cada pessoa experimenta o mundo.
Psicóloga Kátia Bizzarro
CRP: 06/89188 PUC-SP
Consultório: Rua Cincinato Braga, 340. Bairro: Paraíso S. Paulo-SP
Próximo da Avenida Paulista. Metrô Brigadeiro. Valet no local.
Atendimento com hora marcada.
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